O dia 30 de outubro de 2022 se aproxima e com ele as tensões pelo Brasil a fora. Na noite de 16/10 ocorreu o primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais, organizado e transmitido pelo grupo Bandeirantes, Folha de São Paulo, Uol, TV Cultura e CNN.

Principais temas abordados

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1. Vacina

Bolsonaro mantém seu discurso que não havia vacina em 2020, porém esquece que em São Paulo, o Instituto Butantan já envasava vacina localmente, e o governador ficou sentado em cima das caixas esperando a autorização da Anvisa para poder iniciar a vacinação. Tanto é que que no mesmo dia que foi assinada autorização, o Governador de São Paulo foi para a televisão mostrar vacina e aplicação ao vivo.

Já falando em importação, a Pfizer em nota manifestou que sua oferta de vacinas para o governo brasileiro previa a entrega dos lotes em dezembro de 2020.

Neste sentido, ao menos duas diferentes vacinas estavam disponíveis para o Brasil em 2020, sendo que uma delas já estava em solo brasileiro.

Opinião: Bolsonaro se queima sozinho cada vez que passa por este ponto.

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2. Combustíveis

O preço ao consumidor final baixou, e baixou bastante. O limite para o ICMS que esta vigente teve um efeito muito positivo para a população, ao menos nas hora de encher o tanque com Gasolina ou Etanol, já que o Diesel não foi afetado e continua nas alturas.

Além disso, os tributos federais estão de fato zerados. Então o que se tem em mente é que o preço da gasolina não baixou, o que baixou foram os impostos. E parte deles retornam em janeiro de 2023.

Opinião: Bolsonaro conseguiu dominar este tema.

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3. Transposição do Rio São Francisco

Lula dizendo que realizou 88% das obras, Bolsonaro dizendo que estavam a 10 anos paradas. Ambos equivocados, já que Lula realizou cerca de metade da obra, que (para piorar a conta) viria ser ampliada ao longo de sua execução. A menos que Lula considere também o governo Dilma, neste caso seria melhor dizer no "governo do PT".

Opinião: empate técnico, ou ruim para os dois.

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4. Orçamento Secreto

Não foram encontrados dados definitivos sobre este tema.

Opinião: convém lembrar que o que não tem transparência sempre será assombrado pelas mais diversas suspeitas.

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5. Mapa da Fome - Pobreza no Brasil

Primeiro de tudo, as definições de "pobreza" e "extrema pobreza" são classificatórias, então é sempre bom lembrar que a diferença é apenas numérica:

"Em valores atuais, considera-se pobre no Brasil aquele indivíduo que vive com menos de R$ 457 ao mês. A extrema pobreza, por sua vez, está situada abaixo do valor de R$ 154 mensais." UOL

Uma pessoa não consegue ter acesso a moradia e alimentação com R$457 mensais. Isso é ser "pobre", ou seja, não ter ao mesmo tempo o que comer e onde dormir. Menos que isso é ser "extremamente pobre", ou seja, nem tem o que comer, nem tem onde dormir.

Lula disse ter tirado 33 milhões de brasileiros da "miséria", que na linguagem popular esta associada à extrema pobreza. Na verdade, os números sustentam que seu governo reduziu os 33 milhões entre pobres e extremamente pobres (somados).

Em segundo lugar, sempre que falarem em fome e miséria no Brasil devemos estar atentos pois no passado recente foi alterada a forma de cálculo e demais entendimentos sobre o antigo "Mapa da Fome" da ONU, que nem existe mais. Então, sempre fique atento quando caminhar por este assunto!

Um país entra no Mapa da Fome da FAO quando mais de 2,5% da população enfrentam falta crônica de alimentos. E a fome crônica no Brasil atingiu agora 4,1%.

Neste tema, Bolsonaro caminha em ovos pois sugeriu em outra oportunidade que não existem pessoas passando fome no Brasil. Além disso, todas as bases de dados que localizei na internet demonstram crescimento da pobreza no Brasil recente. E por fim, já está normalizada a venda de restos, carcaças e ossos de animais nos supermercados.

Opinião: Lula se sai muito melhor neste tema.

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Balanço geral

Considerando os pontos observados e agregando também uma avaliação de palco, postura e argumentação, pela primeira vez o destaque vai para ex-presidente Lula.

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Próximo encontro

• 21 de outubro: Estadão, Rádio Eldorado, SBT, CNN, Veja, Terra e Rádio Nova Brasil. (presenças ainda não confirmadas)

• 23 de outubro: Record TV. (presenças ainda não confirmadas)

• 28 de outubro: TV Globo. (presenças ainda não confirmadas)